Em reportagem anterior, contei sobre os rótulos da Cervejaria Antártica, que eram produzidos na Tipografia Boehm (para relembrar, clique aqui). Então, decidi pegar o gancho e falar um pouco mais da tipografia que, com certeza, ainda é muito lembrada em Joinville e região.
A Tipografia Boehm ficou conhecida pela produção do Kolonie Zeitung, o periódico em alemão que começou a circular em janeiro de 1863 e por 80 anos fez parte do dia a dia dos moradores de Joinville. Lá, entretanto, eram impressos outros periódicos que circularam na cidade, como “O Globo”, “A União”, “O Constitucional”, “Sul” e “O Democrata”, no final do século 19; e títulos como “Atualidade”, em 1919; e “Correio do Norte”, em 1922.
Muita gente ainda lembra da construção onde estava instalada a Tipografia Boehm, na rua Visconde de Taunay esquina com a rua Pedro Lobo, decorada com uma madeirame recortado. Na realidade, o casarão era composto de três áreas distintas, interligadas por portas internas. Na esquina morava Max Boehm, filho de Otto Boehm e neto de Carl Wilhelm Boehm, o tipógrafo que concretizou o jornal criado por Ottokar Doerffel e o adquiriu no fim de 1872. Ao lado, seguindo pela rua Visconde de Taunay, ficava o prédio da livraria e, por fim, o da tipografia. O prédio foi demolido nos anos de 1980.
Ao longo do século 20, muitas crianças passaram pela livraria e lá adquiriram os cadernos pautados produzidos no local. Você foi uma delas? Ainda guarda um desses cadernos? Deixe seu comentário e, se possível uma foto deles.
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