Lugares para conhecer a história de Joinville

A história de uma cidade está em suas ruas, em suas casas, em seus monumentos, e se confunde com as histórias das vidas das pessoas que nela habitam. Em Joinville, são muitos os espaços que ajudam a contar e a entender os 167 anos (comemorados em 2018) de fundação oficial.

Vamos lembrar de alguns:

  • Cemitério do Imigrante, na rua 15 de Novembro
  • Museu Nacional da Colonização e Imigração e Rua das Palmeiras
  • Arquivo Histórico de Joinville, na avenida Beira-rio
  • Estação da Memória, na rua Leite Ribeiro, na Estação Ferroviária
  • Museu de Arte de Joinville (MAJ), na rua 15 de Novembro
  • Museu Arqueológico de Sambaqui, na rua Dona Francisca
  • Museu dos Bombeiros, na rua Jaguaruna

Além disso, no nosso dia a dia, o passado e o presente se encontram nas ruas da cidade. Caminhar pela rua do Príncipe, pela rua 9 de Março, pela rua Dr. João Colin pode ser uma viagem ao passado. Passeios pela Estrada Dona Francisca, também. Estes caminhos guardam construções antigas, que também contribuem para contar esta história. Mas é preciso um pouco de pesquisa antes, para saber porque elas foram preservadas e o seu papel na construção da cidade. 

Saiba mais sobre alguns destes locais:

  • Cemitério do Imigrante, na rua 15 de Novembro (foto no destaque)

Aberto em dezembro de 1851, em um morro do antigo Mittelweg, ou “Caminho do Meio”, ele foi utilizado por mais de 60 anos e estima-se que cerca de três mil pessoas estejam sepultadas em seus 490 túmulos de concreto. Nas lápides de cerâmica ou pedra é possível identificar os nomes que marcaram o início da Colônia Dona Francisca, como o do ex-prefeito de Joinville e fundador do Kolonie Zeitung, Ottokar Doerffel; do tipógrafo Carl Boehm e sua esposa Alwine (que adquiriram e deram continuidade ao jornal); do diretor da colônia, Frederic Bruestlein; de Jacob Richlin, Carl August Wunderwald, Eduard Krisch, Eduardo Trinks, entre muitos, muitos outros.

O primeiro sepultamento no local foi realizado em 27 de dezembro de 1851: era o ex-tenente da Marinha de Schleswig-Holstein, Carl Andreas von Bürow.  Na época, o cemitério era destinado a católicos e luteranos. Só a partir de 1870 os católicos passaram a contar com um local próprio para enterrar seus mortos. Com isso, há registros de cerca de 40 escravos sepultados nos fundos do Cemitério dos Imigrantes, pertencentes às famílias luso-brasileiras – muitas delas já moravam nestas terras bem antes da chegada dos primeiros imigrantes trazidos pela Sociedade Colonizadora de Hamburgo. E em 1913, quando foi aberto o Cemitério Municipal, o Cemitério dos Imigrantes deixou definitivamente de ser usado. Em 1962, local foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Ele pode ser visitado durante a semana. E no primeiro domingo de cada mês é realizado o projeto Domingos Musicais no local, com concertos gratuitos para a população.

  • Museu Nacional da Colonização e Imigração e rua das Palmeiras
Chamada “Maison Joinville” por seu idealizador, casarão hoje abriga o Museu Nacional da Imigração e Colonização, de Joinville (Foto: Secom/Divulgação)

A “Maison Joinville”, ou “Palácio dos Príncipes”, é uma construção de 1870 que era a sede do Domínio Dona Francisca. Foi erguida pelo procurador do Príncipe de Joinville, Frederic Bruestlein, que morou no local por décadas. O prédio foi a residência e local de trabalho dos representantes do príncipe em Joinville e suas famílias até 1961, quando passou a abrigar o Museu Nacional da Imigração e Colonização.

Hoje, ele abriga objetos e documentos relacionados ao processo histórico de imigração e colonização no Sul do País.

Além do casarão, o complexo do museu conta com uma casa enxaimel, com o Galpão de Tecnologia Patrimonial (com exemplares de engenhos de farinha e erva-mate e moenda de cana-de-açúcar,) e o Galpão de Transportes (com viaturas de tração animal e carroções)

  • Arquivo Histórico de Joinville, na avenida Beira-rio
Prédio inaugurado em 1986 (Foto: Secom/Divulgação)

O Arquivo Histórico de Joinville é o local que guarda documentos e fotos da história de Joinville. Uma preciosa fonte de informações para quem deseja saber um pouco mais sobre o começo da cidade, sua formação, suas características. Ele foi criado oficialmente em 1972 e a princípio funcionou em um auditório anexo à Biblioteca Municipal Rolf Colin, na praça Lauro Müller, entre as ruas 9 de Março e Engenheiro Niemeyer. Em 1986, ganhou um prédio especialmente construído para abrigar seu acervo, na avenida Beira-rio.

  • Estação da Memória, na rua Leite Ribeiro, na Estação Ferroviária
A Estação da Memória fica na antiga Estação Ferroviária e conta um pouco da história da cidade por meio da arquitetura, dos trilhos e dos objetos de época (Foto: Secom/Divulgação)

A construção, de 1906, é uma atração à parte. A inauguração do prédio marcou a ligação por terra com São Francisco do Sul e contribuiu para o desenvolvimento da região. Ela fazia parte de um projeto maior, de uma estrada de ferro que ligaria São Paulo ao interior do País, passando por Paraná, Santa Catarina, até chegar ao Rio Grande do Sul, fazendo a ligação destes Estados. Levou anos para ser concluída.

  • Museu de Arte de Joinville, na rua 15 de Novembro
Casa de Ottokar Doerffel, atual Museu de Arte de Joinville. Início do século 20 (Foto: Secom/Divulgação)

O Museu de Arte de Joinville (MAJ) é uma atração em Joinville por muitos motivos. A casa onde ele está instalado é uma construção de 1864, em alvenaria – uma das mais antigas de Joinville. Ela foi erguida por Ottokar Doerffel, jurista, jornalista e uma das personalidades mais importantes da Colônia Dona Francisca em seus primeiros 50 anos de criação.

Já o Museu de Arte foi inaugurado em 1976. Ele conta com um acervo de mais de mil obras de artistas locais, catarinenses, nacionais e internacionais e mantém exposições temporárias de artistas. Além disso, seus jardins são um motivo à parte para a visitação. Com uma extensa área arborizada e um lago central, ele hoje é quase um parque para a população, onde constantemente são realizados eventos artísticos.

  • Museu Arqueológico de Sambaqui, na rua Dona Francisca
A sede definitiva foi construída em 1972 (Foto: Secom/Divulgação)

O acervo original foi reunido por Guilherme Tiburtius, que pesquisou e juntou mais de 12 mil peças, em suas buscas arqueológicas realizadas principalmente nos sambaquis existentes na região de Joinville. Reunindo-os, vendeu-os para o município em 1963. Em 1969, foi inaugurado o museu, em edifício provisório e em 1972, foi construído a sua sede definitiva

  • Museu Nacional dos Bombeiros Voluntários, na rua Jaguaruna
Primeiro veículo de combate a incêndio da corporação foi adquirido em 1926 (Foto: Mauro Schliek)

O Museu dos Bombeiros Voluntários reúne cerca de três mil peças, documentos e fotografias, equipamentos e acessórios que ajudam a contar a trajetória de uma das instituições mais representativas – e queridas – da região: o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, fundado em 1892 e pioneiro no País. Dentro do projeto do Museu, há a torre que, quando inaugurada, em 1954, era a construção mais alta da cidade, com 21,2 metros de altura. Era ali que ficava instalada a sirene que avisava a população em caso de incêndio.

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